Brasil

Para ficar com bebê, amiga mata grávida de 9 meses e faz parto com estilete

Após sofrer um aborto, suspeita do crime teria decidido pegar a criança de outra pessoa

Publicado: | Atualizado em 29/08/2020 09:02


Corpo de mulher grávida foi encontrado em cerâmica desativada — © Reprodução
Corpo de mulher grávida foi encontrado em cerâmica desativada — © Reprodução

O corpo de uma mulher identificada como Flávia Godinho Mafra, de 24 anos, foi encontrado em uma cerâmica desativada em Canelinha, na Grande Florianópolis, na manhã dessa sexta-feira (28/08). Ela estava grávida, foi morta a tijoladas e tinha cortes na barriga provocados por estilete. 

A suspeita, que era amiga da vítima, de 26 anos, fez uma emboscada para cometer o assassinato e ficar com a recém-nascida. Ferida, a bebê foi levada a um hospital pela suspeita e o marido. Ambos foram presos. Segundo a polícia, a mulher estava planejado o crime pelo menos desde junho.

O delegado Paulo Alexandre Freyesleben e Silva disse que ela confessou o crime e que ele foi premeditado. Ele explicou que no começo do ano a suspeita sofreu um aborto, mas não comunicou aos familiares, inclusive nem teria dito ao marido, que estaria muito empolgado com a gravidez dela.

Na quinta-feira (27/08), a amiga teria atraído Flávia para o local com a justificativa de um chá de bebê surpresa. Lá, ela atingiu a vítima com tijoladas na cabeça. Depois, com um estilete fez o corte na barriga para tirar o bebê do ventre da mãe. Ainda não é possível saber se o bebê foi retirado com a gestante viva ou se ela já estava morta.

Em uma coletiva realizada também nessa sexta, o delegado Tenente-Coronel Daniel Nunes, comandante do 12º BPM, afirmaram que a suspeita e o companheiro serão indiciados por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e lesão corporal gravíssima – contra o bebê, que está no hospital, mas passa bem.

Corpo de mulher grávida foi encontrado em cerâmica desativada — © Mayara Vieira/NSC TV

Corpo de mulher grávida foi encontrado em cerâmica desativada — © Mayara Vieira/NSC TV

Internações da suspeita e da bebê

Depois do crime, junto com o marido, a mulher foi até o Hospital e Maternidade Maria Sartori Bastiani, em Canelinha. Segundo as autoridades, a suspeita do crime disse que teria feito o parto na rua e que teria recebido ajuda de populares para conseguir chegar até o condomínio onde reside.

Na unidade de saúde, a Polícia Militar foi acionada pela equipe médica, por volta das 21h, para um suposto caso de maus tratos contra um bebê recém-nascido. A criança tinha cortes profundos provocados por um objeto cortante quando foi levada pela mulher até o hospital.

Sabendo do caso da gestante desaparecida, os policiais seguiram acompanhando o caso até essa sexta de manhã, quando o corpo de Flávia foi encontrado em uma cerâmica abandonada no bairro Galera. Na sequência os policiais foram até o casal que havia aparecido com o bebê na noite anterior e elucidaram o crime.

Vítima estava desaparecida

Flávia estava gravida de 38 semanas e estava desaparecida desde quinta. Ela era pedagoga e já trabalhou como professora temporária. Neste ano, ela estava trabalhando em uma loja. Por estar no grupo de risco do coronavírus, estava afastada do trabalho presencial.

Na quinta, ela saiu de casa para um chá de bebê surpresa, segundo Jeisiane Benevenute, amiga da vítima desde a infância e escolhida para ser madrinha da bebê junto com outro casal. Desde então, não foi mais vista. Pela manhã, o corpo foi localizado pelo marido e pela mãe dela.

Delegado Paulo Alexandre e o Tenente-Coronel Daniel Nunes, comandante do 12º BPM — © Diário Catarinense

Delegado Paulo Alexandre e o Tenente-Coronel Daniel Nunes, comandante do 12º BPM — © Diário Catarinense


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