Na última sexta-feira (05/8), o policial penal Jorge Guaranho teve a alta adiada após a médica responsável pedir uma nova avaliação. Ele está internado desde que matou o tesoureiro do PT, Marcelo Arruda, em Foz do Iguaçu, no dia 11 de julho.
Seu pedido de prisão domiciliar foi negado pela Justiça do Paraná. Quando tiver alta e sair da internação, ele será transferido para o Complexo Médico Penal de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.
A decisão foi tomada pelo juiz Gustavo Germano Francisco Arguello, da 3ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu.
A defesa de Jorge Guaranho havia pedido a prisão domiciliar como uma medida cautelar menos rigorosa.
“A alta hospitalar não significa alta médica, tendo em vista que o paciente demanda cuidados especializados para atividades básicas da vida”, argumenta a defesa. Ainda segundo os advogados, a prisão domiciliar ajudaria Guaranho a passar por reabilitação, fisioterapia e fonoaudiologia.
Ainda de acordo com a defesa, o policial penal perdeu a memória por conta das agressões que sofreu após matar Marcelo. O acusado não lembra do crime e, portanto, não poderia dar depoimento à polícia.
Ele teria recebido mais de 20 chutes na região da cabeça, além de ter recebido outros golpes no tórax e também ter uma perna baleada.
O Ministério Público do Paraná denunciou, em 20 de julho, Jorge Guaranho por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e por situação de perigo comum, sem citar crime político.
O policial penal ainda segue internado, mas bem próximo de receber a alta hospitalar.