Uma mulher chamada Michelle Fernanda Luckesi, de 30 anos, rebateu os internautas que têm espalhado boatos sobre a forma como o apresentador Fausto Silva conseguiu transplante de coração em pouco tempo, alegando que ele ‘furou a fila’ e pagou por isso. Ela contou que recebeu a doação de um novo fígado em menos de 24h.
Michelle fez uma postagem nas redes sociais, dizendo em tom de brincadeira: “Se o Faustão é rico por conseguir um transplante em alguns dias, eu sou milionária”.
A mulher, que mora em São Paulo, relatou que foi diagnosticada aos 18 anos com hepatite autoimune, doença que comprometeu o funcionamento do seu fígado e consequentemente de outros órgãos.
A descoberta da doença veio após Michelle passar mal, realizar diversos exames, ficar internada e ainda entrar em coma. “Meu estado se agravou muito rápido e descobriram que meu fígado entrou em falência, e outros órgãos já estavam sendo prejudicados. Eu estava em estado gravíssimo”, contou ela.
Após os médicos constatarem que ela ainda possuía atividades cerebrais, ela foi colocada em primeiro lugar na fila de transplante de fígado, devido à urgência do caso. Eles também apontaram que a jovem só resistiria mais dois dias sem um novo órgão.
“Os médicos falaram que eu só resistiria mais 48 horas sem um novo órgão. No dia seguinte, apenas 24h após entrar na fila, um fígado apareceu e eu pude fazer o transplante”, recordou.
Observando a quantidade de comentários negativos a respeito do transplante de coração do Faustão, Michelle ressaltou a importância da sociedade conhecer o Sistema Nacional de Transplantes, para saber como funciona e incentivar a doação de órgãos.
“Eu vi muitas pessoas escrevendo coisas absurdas sobre ‘furar fila’. Entendo a revolta, é angustiante viver sofrendo com uma doença grave. Mas não concordo com o que dizem. Existem muitos meios de informações sobre a lista de espera. Já existem muitos mitos que atrapalham a doação e consequentemente a fila não anda. O que falta é doador. Em vez de espalhar coisas ruins, espalhem sobre a importância da doação de órgãos”, conscientizou.
