Ministério dos Direitos Humanos admite custeio de viagem e estadia da “Dama do Tráfico” em Brasília

Luciane esteve na capital nos dias 6 e 7 de novembro para participar do Encontro de Comitês e Mecanismos de Prevenção e Combate à Tortura.

Luciane Barbosa Farias | © Reprodução

Luciane Barbosa Farias | © Reprodução

A participação de Luciane Barbosa Farias, conhecida como “Dama do Tráfico Amazonense”, em um evento de Direitos Humanos em Brasília, patrocinado pelo governo federal, gerou polêmica na semana que se estendeu até esta quinta-feira (16).

Casada com o líder do Comando Vermelho no Estado, Cremilson dos Santos Faria, conhecido como “Tio Patinhas” e procurado pela polícia, Luciane esteve na capital nos dias 6 e 7 de novembro para participar do Encontro de Comitês e Mecanismos de Prevenção e Combate à Tortura.

O Ministério dos Direitos Humanos confirmou que custeou a viagem da “Dama do Tráfico”, incluindo passagens e diárias. Em nota, o ministério alega que o comitê do Amazonas indicou Luciane como representante para o evento, ressaltando a autonomia dos comitês estaduais para realizar tais indicações.

Além da participação no evento, Luciane conseguiu agendar encontros com dois secretários do Ministério da Justiça e uma coordenadora do Ministério dos Direitos Humanos durante sua estadia em Brasília.

Nota MDHC:

A afirmação de que o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) pagou passagens e diárias para Luciane Barbosa Faria participar do Encontro de Comitês e Mecanismos de Prevenção e Combate à Tortura (CNPCT), realizado nos dias 6 e 7 de novembro, em Brasília, contém sérios equívocos que precisam ser esclarecidos. O pagamento de passagens e diárias foi feito a todos os participantes de um evento nacional, com orçamento próprio reservado ao CNPCT e cujos integrantes foram indicação EXCLUSIVA dos comitês estaduais.

Vale ressaltar que o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania é composto por 11 colegiados que, assim como o CNPCT, tem autonomia administrativa e orçamentária.