
Após a possibilidade de novos tratamentos, Carolina Arruda Leite, de 27 anos, natural de Minas Gerais, com “a pior do mundo”, causada pela neuralgia do trigêmeo, diz que pode reconsiderar a eutanásia. A jovem criou uma vakinha na internet para arrecadar doações para a prática na Suiça.
Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, a mineira falou sobre dois tratamentos novos. Um deles trata-se de nova uma técnica, provavelmente cirúrgica, para tratar a neuralgia do trigêmeo, e é de uma equipe da Argentina.
O outro tratamento é de Minas Gerais, que Carolina já conhecia por ser natural do estado, mas nunca havia conseguido acesso devido ao valor alto.
“Se der certo e aliviar a dor, talvez eu reconsidere a eutanásia. Tudo é válido para minimizar a dor. Mesmo que eu tenha decidido optar pela eutanásia, ainda terei que passar por um processo burocrático e demorado”, afirmou ao jornal.
Carolina Arruda Leite, de 27 anos, natural de Minas Gerais, sofre há 11 anos com a neuralgia do trigêmeo, uma doença rara que é conhecida por causar “a pior dor do mundo”.
O caso da mineira tem viralizado na internet após ela compartilhar a sua rotina em seu perfil no TikTok, como idas ao hospital, crises de dor, aplicações de morfina e canabidiol. A repercussão se tornou maior depois que ela passou a discutir o suicídio assistido, que não é permitido no Brasil.
A jovem afirma que a eutanásia é a única opção que lhe restou depois de “esgotar todas as opções médicas disponíveis e enfrentar uma dor insuportável diariamente”.
No Brasil, a eutanásia é proibida por lei e considerada um crime de homicídio, conforme estabelecido no Código Penal Brasileiro.
Por outro lado, na Suíça, a eutanásia passiva e o suicídio assistido são permitidos sob certas condições. A legislação suíça permite que uma pessoa receba ajuda para pôr fim à sua vida, desde que seja comprovado que a decisão foi tomada de forma autônoma e sem influência de terceiros