Homem é baleado quatro vezes em bar de Camaçari após beijo gay

Vítima contou à polícia que foi foi questionada “se não tinha vergonha de fazer isso na frente de pais de família”

Vítima contou à polícia que foi foi questionada “se não tinha vergonha de fazer isso na frente de pais de família” — © Reprodução/Instagram

Vítima contou à polícia que foi foi questionada “se não tinha vergonha de fazer isso na frente de pais de família” — © Reprodução/Instagram

Salvador — Um homem foi vítima de homofobia na noite do último domingo (20) em um bar da cidade de Camaçari, na região metropolitana de Salvador. A vítima foi agredida e baleada após trocar carinhos e beijar a boca de outro homem dentro do estabelecimento.

Marcelo Macedo, de 33 anos, estava na companhia de um ‘ficante’ no bar, trocando carícias normais de casais. Após dar um beijo no companheiro, o acusado levantou de onde estava e foi até o casal questionar se Marcelo “não tinha vergonha de fazer isso na frente de pais de família”.

De acordo com a delegada Thais Siqueira, titular do município, os dois deram “um beijo, tipo selinho. Foi quando uma pessoa se aproximou e perguntou. Ele ainda levantou para se explicar e começou a ser agredido por várias pessoas que estavam no local”.

Durante as agressões, o homem foi baleado quatro vezes. Ainda segundo a delegada, um dos tiros atingiu um dos braços da vítima e outros três o abdômen. Um grupo de homens que estava no bar é suspeito do ataque, contudo os envolvidos ainda não foram localizados.

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Após o ataque, os suspeitos fugiram do local do crime. Já Marcelo, foi levado para o Hospital Geral de Camaçari (HGC), onde passou por procedimento cirúrgico e segue internado nesta terça-feira (22). Segundo um boletim médico divulgado pela unidade de saúde, o estado de saúde dele é estável.

A autoria do crime está sob investigação. De acordo com a delegada Thais Siqueira, câmeras de segurança do bar foram solicitadas e testemunhas serão ouvidas nos próximos dias para esclarecer o caso. “É um absurdo a gente estar convivendo no país com crimes desse tipo”, disse a delegada.

*com informações do G1