Um homem, de 59 anos, morreu após detonar explosivos próximos ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF), em um incidente que também explodiu seu veículo, que estava carregado com fogos de artifício, na noite desta quarta-feira (13).
O responsável pelo ato foi identificado como Francisco Wanderley Luiz. O seu automóvel era um Kia Shuma, que estava estacionado próximo ao prédio da Câmara dos Deputados.
Francisco, chaveiro de profissão e ex-candidato a vereador pelo Partido Liberal (PL) em 2020, por Rio do Sul (SC), divulgou mensagens perturbadoras nas redes sociais antes do incidente.
Nas postagens, o homem compartilhou capturas de tela de mensagens enviadas a si mesmo via WhatsApp, onde sugeria ameaças e uma contagem regressiva para os ataques.
Uma das mensagens dizia: “Vamos jogar??? Polícia Federal, vocês têm 72 horas para desarmar a bomba que está na casa dos comunistas de merda”.
Em outra, Francisco alertava sobre o perigo de abrir gavetas, armários e depósitos, referindo-se ao início das explosões em um horário específico, “17h48 do dia 13/11/2024”, e mencionando uma possível sequência até o dia 16/11.
Francisco também justificou a escolha da data para o ataque, afirmando não gostar do número 13.
Devido à explosão, os ministros do Supremo foram tirados do prédio às pressas, e a Praça dos Três Poderes foi isolada para prevenir possíveis novas explosões.
Na manhã desta quinta-feira (14), forças de segurança realizarão uma varredura no Congresso, com a suspensão do expediente no Senado e a retomada das atividades na Câmara apenas a partir das 12h.
Uma perícia inicial foi feita pela Polícia Civil do Distrito Federal ainda na noite de quarta-feira, e a Polícia Federal anunciou a abertura de um inquérito para investigar os ataques.