Governo vai atender Norte e Nordeste do Brasil com novo backbone

"vamos permitir que empresas parceiras possam fazer backhaul", disse o vice-presidente da MCTIC, Julio Semeghini

Governo quer atender Norte e Nordeste com novo backbones - © Internet

Governo quer atender Norte e Nordeste com novo backbones - © Internet

Brasil – O Governo Federal pretende lançar um projeto de conectividade para o Norte e Nordeste do país. A ideia vai aproveitar a infraestrutura de rede já existente, mas subutilizadas.

Para o Nordeste, o projeto será com base em um vencimento do convênio de 20 anos junto a Rede Nacional de Pesquisa com a Chesf (Companhia Hidrelétrica do São francisco).

A empresa se responsabilizará pela construção de um “backbone” na região nordestina com o proposito de além das pesquisas, permitir leiloar parte das fibras utilizadas para operadoras prestadoras de serviços.

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Em vez de só iluminarem o linhão para pesquisa, a gente arruma parceiros, coloca um pouco de dinheiro para construir o backbone e faz grande redundância onde já tem e onde não tem infraestrutura no Nordeste“, disse o secretário executivo do Ministro da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC), Julio Semeghini, no evento Painel Telebrasil 2019, nesta terça-feira (21).

Serão investidos cerca de R$ 82 milhões no projeto, valor esse que já foi garantido pelo governo, segundo Semeghini. No entanto, as principais fontes dos recursos obtidos para o projeto só deverá ser apresentadas na próxima sexta-feira (24), pelo presidente Jair Bolsonaro e o ministro Marcos Pontes, em um evento no Recife, onde eles irão divulgar a Política de Desenvolvimento Regional.

O projeto ainda visa disponibilizar para o mercado as fibras que sobrarem (para operadoras grandes ou regionais). Tudo por meio de licitações, explicou o secretário.

Quem ganhar poderá oferecer o serviço para a comunidade e ao consumidor. Nós, públicos, só vamos usar nossa capacidade em contrapartida“.

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Norte do país

Para o Norte, o projeto atende todas as necessidades do que será implantado no Nordeste com um pouco mais de amplitude. Será implantado aproximadamente 900 km de fibras no projeto Amazônia Conectada, criado pelo Exercito brasileiro e que ainda não foi iluminado.

Vamos dividir esse custo em quatro ou cinco etapas, podendo ajustar para no máximo seis. O primeiro trecho, de Macapá a Santarém, custará entre R$ 33 milhões e R$ 35 milhões. E ao mesmo tempo vamos recuperar o cabo do exército e concluir também em 18 meses a grande parte do projeto”, explicou Semeghini.

O total dos gastos de investimentos no projeto será entorno de R$ 180 milhões a R$ 200 milhões. Ainda de acordo com o secretário, o país gasta entorno de R$ 180 milhões apenas com custeios de contratos de serviços no Norte.

Da mesma forma que o Nordeste, o Norte também manterá a mesma política de licitações para operadoras e prestadoras de serviços.

Vamos lançar nova estrutura onde não tem, e vamos permitir que empresas parceiras possam fazer backhaul. Alguns dos backhauls nós mesmos faremos“, diz. A rede vai começar no Brasil e poderá seguir até o Peru.