Uma freira, identificada como Adelaide Dantas, de 54 anos, e 14 funcionários de uma casa de repouso em Minas Gerais, foram indiciados por maus-tratos seguidos da morte de idosos que viviam nas instalações da instituição.
De acordo com informações, a freira administrou a clínica durante oito anos, o que a torna a principal responsável pelos casos denunciados por uma ex-funcionária que trabalhou como enfermeira na instituição em 2021.
Segundo as denúncias, a profissional chegou a testemunhar agressões, gritos de socorro, idosos amarrados em macas, feridas que não chegavam a ser tratadas e outros casos de crueldade que eram praticados no local.
Segundo as investigações, na instituição, foram praticados crimes como: tortura, homicídio, exercício ilegal da medicina, cárcere privado e falsidade ideológica.
“Eu percebi os maus-tratos, percebi algumas agressões, né? Em alguns idosos, por causa dos gritos de socorro de ‘ai, me ajuda’, na sala de banho. E isso era frequente, todos os dias”, disse a enfermeira.
Ainda segundo as investigações, ao menos dez idosos morreram em decorrência dos maus-tratos que aconteciam no loca. “Ela ministrava medicação, ela aplicava, ela suspendia medicação ao bel-prazer dela, não tinha acompanhamento médico”, afirmou a delegada responsável pelo caso.