Foragido, acusado de esquartejar mulher a forçava comer fezes

Segundo depoimentos de amigos, vítima também era obrigada a assistir vídeos do companheiro fazendo sexo com outras mulheres

Gutemberg é considerado foragido pela polícia por suspeita de matar a companheira — © Divulgação/PC

Gutemberg é considerado foragido pela polícia por suspeita de matar a companheira — © Divulgação/PC

Palmas — A Polícia Civil está à procura de Gutemberg Xavier Alves, acusado de matar e esquartejar a mulher, Franciane Moizes Pedro, 27 anos, em Palma (MG). Nessa sexta-feira (8), a polícia divulgou o teor de depoimentos de amigos da vítima. Segundo os relatos, ela era obrigada a assistir vídeos do companheiro fazendo sexo com outras mulheres.

Além de ser ameaçada por Gutemberg, que é soropositivo, a mulher chegou contar a amigos que foi até mesmo obrigada a comer fezes. O delegado responsável pelo caso, Gésner Bruno, contou que 20 pessoas já foram ouvidas no inquérito que apura a motivação da morte da vítima.

Franciane foi assassinada e o corpo foi localizado em uma área de matagal na zona rural da cidade, que faz divisa com Miracema, em 25 de outubro deste ano, após investigações. Segundo a polícia, o corpo da vítima ainda foi incendiado, não sendo possível saber como ela morreu.

No dia 28 de outubro, a polícia divulgou imagens que mostram um homem com transtorno mental carregando pelo menos uma sacola com partes do corpo da vítima de feminicído. Em depoimento, ele disse à polícia que carregou a sacola a pedido de Gutembberg, e pensou se tratar de um cachorro morto.

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O suspeito chegou a enterrar o corpo da vítima no quintal de casa, mas depois de ser ouvido e ter o carro examinado pela perícia, ele desenterrou e levou para outro local, diz a polícia. Escavações foram feitas no imóvel, onde na ocasião foram encontrados um pano com marcas de sangue e mau cheiro, além de um fio de aplique de cabelo há 1,20 m de profundidade.

Segundo Gésner, a vítima relatou para parentes e amigos que o companheiro chegou a obrigá-la também a fazer uma tatuagem com a frase: “Gutemberg, eu te amo!”. Além disso, uma das testemunhas disse que Franciane contou que, em agosto, ele tentou enforcá-la com uma corda e ela teria dito que “achou que fosse morrer”.

*com informações do G1