Nesta sexta-feira (27/11), ocorre a segunda audiência sobre o caso da morte de Anderson do Carmo, executado a tiros em junho do ano passado em Niterói, dentro da residência da família. Até o momento, familiares e a própria Flordelis foram indiciados pelo Ministério Público por participação na morte do pastor.
Luana Rangel Pimenta, esposa do vereador Misael Pimenta, um dos filhos de Flordelis, afirmou que, em uma conversa entre 2017 e 2018, a sogra costumava dizer que recebia “mensagens divinas”. Ela falava que o marido morreria porque estava “atrapalhando a obra de Deus”.
A esposa de Misael contou ainda que chegou a ser alertada a não tomar nada das mãos de Flordelis. Ela também disse que a parlamentar teria colocado substâncias em bebidas do pastor para tentar matá-lo e que planejou o crime ao menos duas vezes.
“Um dia, eu e uns filhos fomos a um cinema na Barra. O Carlos (um dos filhos) disse: ‘não toma nada que a Flor der para o Niel (apelido de Anderson). A Cris (outra filha) tomou um suco de laranja e ficou cinco dias internada’. Vi várias vezes ela colocando pozinho no suco do pastor”, detalhou Luana durante a audiência.
Em seu depoimento, ela também afirmou que o choro de Flordelis no dia da morte do pastor foi falso. Segundo Luana, ao dar assistência para a sogra no hospital, percebeu que a parlamentar estaria fingindo. “Eu fui dar assistência a Flor e vi que ela não estava chorando de verdade”, ressaltou.
Em juízo, a nora da deputada também reafirmou que a parlamentar ordenou que o celular de Anderson fosse quebrado e jogado no mar. Durante a fala dela, Flordelis permaneceu de cabeça baixa, fazendo anotações em um caderno, mas, anteriormente, chorou ao ver os filhos Lucas e Simone chegarem algemados ao tribunal.
Anderson do Carmo e Flordelis