A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) concluiu o inquérito sobre o caso do ex-médico Lauro Estevão Vaz Curvo, acusado de matar a própria mãe, Zely Alves Curvo, de 94 anos, em um incêndio criminoso no Residencial Monet, em Águas Claras. O relatório, divulgado nesta sexta-feira (26), revela que o incêndio começou na maca onde a idosa estava deitada, descartando outras hipóteses como acidentes elétricos ou causas naturais.
De acordo com os exames periciais realizados no apartamento da família, o fogo teve origem na maca, o que indica ação humana. As investigações da 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul) apontaram que Lauro morava sozinho com a mãe e deixou o apartamento no momento em que as chamas começaram a se espalhar pelo imóvel.
O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) foi acionado e, ao chegar ao local, encontrou muita fumaça e chamas ainda visíveis. A rápida intervenção dos bombeiros confinou o incêndio ao quarto, onde o corpo carbonizado de Zely foi encontrado.
Lauro Estevão Vaz Curvo estava preso temporariamente desde 14 de junho. Com a conclusão do inquérito, a PCDF pediu a prisão preventiva do ex-médico, que agora é indiciado por feminicídio triplamente qualificado — por motivo torpe, uso de fogo e recurso que impossibilitou a defesa da vítima — e por fraude processual. Se condenado, ele pode pegar de 12 a 30 anos de prisão.
