Dopado, homem é arrastado até fogão a lenha e queimado vivo pela esposa

Segundo a polícia, ela disse que era vítima de agressões do companheiro. O filho do casal, de 21 anos, também foi preso temporariamente.

Homem teria sido morto em fevereiro, e corpo teria sido queimado em um forno — © Polícia Civil/Divulgação

Homem teria sido morto em fevereiro, e corpo teria sido queimado em um forno — © Polícia Civil/Divulgação

Uma mulher de 35 anos foi presa, temporariamente, suspeita de ter dopado e assassinado o próprio marido, Erni Pereira da Cunha, de 43 anos, além de queimar o corpo em um forno de fumo. O caso foi registrado em Dom Feliciano, no interior do Rio Grande do Sul.

O crime teria ocorrido no dia 15 de fevereiro – a última vez em que o homem foi visto. Segundo a delegada responsável pela investigação, Vivian Duarte, após a prisão, a mulher admitiu o assassinato. Ela afirmou que misturou o medicamento Diazepam com o suco de laranja da vítima.

Desacordado, o homem teria sido arrastado até uma fornalha que fica nos fundos da residência, na estufa de fumo da família, e incinerado ainda com vida. O corpo ficou queimando no local por cerca de três dias. A mulher teria relatado que não teve ajuda de outras pessoas.

A delegada, por sua vez, informou que além da mulher, o filho do casal, de 21 anos, também foi preso temporariamente, por suspeita de envolvimento no caso. A investigação aponta que o jovem, que tem uma irmã mais nova, de 16 anos, teria se envolvido em discussões com o pai.

Segundo a polícia, a mulher relatou que cometeu o crime, porque foi agredida e ameaçada durante os 20 anos em que morou com marido, e que o homem ameaçou também agredir os seus filhos. No entanto, ela não fez registros das agressões contra o companheiro na delegacia.

O caso é investigado como homicídio doloso qualificado, uma vez que a defesa da vítima foi impossibilitada e houve premeditação por parte da autora do crime. A polícia aguarda os resultados da perícia para concluir o inquérito.