Correios suspendem paralisação em todo o país, mas mantém ‘estado de greve’

Categoria aceitou a proposta do TST de prorrogação do atual acordo coletivo até a data do julgamento do dissídio

Urgente | © BR104

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Brasil — Em assembleias realizadas na noite dessa terça-feira (17), os funcionários dos Correios de todo o país decidiram suspender a paralisação iniciada no último dia 10. A categoria busca o reajuste salarial de 3,43% e sobre a manutenção de benefícios, e é contra a privatização da empresa, medida defendida por Jair Bolsonaro (PSL).

De acordo com a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), a suspensão da greve foi a condição para que a empresa aceitasse a proposta do TST de manter as cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2018/2019 até a data do julgamento do dissídio coletivo.

Os trabalhadores, entretanto, decidiram manter o chamado “estado de greve” até o julgamento do dissídio coletivo, marcado para 2 de outubro. O dissídio é um mecanismo adotado quando não há um acordo entre trabalhadores (representados por sindicatos) e empregadores.

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“Neste momento, com a negociação já ajuizada e sem garantias de novos acordos até a data do julgamento, é necessário manter o diálogo e intensificar os movimentos e atos públicos na defesa dos Correios e na luta contra a privatização”, afirmou a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect).

A categoria pede reposição da inflação do período e é contra a privatização da estatal, incluída no mês passado no programa de privatizações do governo Bolsonaro. Os trabalhadores querem também a reconsideração quanto à retirada de pais e mães do plano de saúde, melhores condições de trabalho e outros benefícios.