Era mais um dia normal para o policial militar José Renato dos Santos, quando sua equipe foi acionada para atender um acidente com morte entre um carro e uma moto na rua Brasil, em Tupã (SP), no domingo (11/10). O que ele não imaginava era que a vítima fatal era seu irmão Rogério Cardoso dos Santos, de 44 anos.
O cabo Santos e a família passaram o domingo na chácara da família, celebrando o aniversário de Rogério e do irmão gêmeo, que haviam completado 44 anos no último dia 7. Mas ele precisou ir embora depois do almoço para trabalhar, enquanto os outros parentes continuaram na comemoração.
À noite, por volta das 21h, Rogério precisou ir até a casa do sogro de moto, que fica a uma distância de três quilômetros do local, e voltaria mais tarde para dormir na chácara. No caminho acabou se envolvendo em um acidente que resultou na sua morte.
Santos lembra que logo que iniciou o plantão, foi despachado para um suposto capotamento. Ao chegar no local, encontrou a moto totalmente destruída, cravada numa árvore. “Diante da nossa experiência, já pude perceber que o motociclista dificilmente teria sobrevivido”, contou o PM.
Motorista do carro fugiu sem prestar socorro após o acidente em Tupã — © João Trentini/Divulgação
O Corpo de Bombeiros foi acionado e procurava pelo motociclista quando a guarnição chegou ao local. Santos ajudava nas buscas, quando se aproximou da moto para consultar a placa e tentar identificar o proprietário. Nesse momento, descobriu que o veículo estava em nome da sua cunhada.
“Liguei no celular do meu irmão, caixa postal. Foi quando eu consegui falar com a minha cunhada e caiu a ficha de que era meu irmão que estava ali. No mesmo momento o bombeiro já anunciou que havia achado o corpo dele, aí foi desespero total”, lembra. O corpo de Rogério foi encontrado a cerca de 30 metros do acidente.
Segundo a Polícia Civil, o motorista do carro envolvido no acidente abandonou o veículo e fugiu do local após a batida. Nesta segunda-feira (12), ele se apresentou na Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Tupã com um advogado. O homem foi ouvido e liberado, pois não estava mais em flagrante.
Ainda segundo a polícia, ele será investigado por homicídio culposo e fuga do local do acidente. “A única intenção minha é que realmente seja cobrado, que a verdade apareça e que ele seja punido pela lei”, desabafa o irmão da vítima.
