
Carlos Alberto Souza, pai de Vitória Regina de Souza, de 17 anos, assassinada em Cajamar, região metropolitana de São Paulo, foi incluído na lista de suspeitos do crime. A informação foi divulgada pela CNN, que recebeu a confirmação dos investigadores do caso.
Segundo a investigação, Souza passou a ser considerado suspeito com base nos mesmos critérios aplicados aos outros investigados. Ainda conforme as autoridades, ele teria apresentado diversas contradições em seus depoimentos.
Um dos pontos levantados pelos investigadores foi o fato de que, logo após a confirmação da morte da filha, o pai teria solicitado um terreno ao prefeito de Cajamar.
Diante da decisão, a defesa de Carlos Alberto Souza, representada pelo advogado Fabio Costa, classificou a medida como “absurda” e afirmou que buscará revertê-la.
O advogado também ressaltou que seu cliente nunca foi formalmente ouvido pela polícia.
O caso segue em investigação.
Sobre o crime
O corpo de Vitória Regina de Souza foi encontrado na última segunda-feira (3), em uma área de mata no município, com sinais de tortura e quase decapitação.
A jovem desapareceu no dia 26 de fevereiro, após sair de seu trabalho em um restaurante no shopping de Cajamar.
Durante o trajeto até sua casa, Vitória relatou, por mensagens de áudio, que estava sendo seguida por um carro e que dois homens suspeitos haviam se aproximado dela enquanto aguardava o ônibus.
No coletivo, os homens se sentaram perto da jovem e, após descer do transporte público, ela caminhou por cerca de 15 minutos até a sua residência, localizada em uma área rural.
Seu último contato foi uma mensagem tranquilizadora para uma amiga, na qual escreveu: “Tá de boaça”.
O corpo de Vitória foi encontrado sem roupas e com sinais evidentes de crueldade. Além de afundamento de crânio e quase decapitação, a jovem teve a cabeça raspada.
A polícia investiga a participação de Gustavo Vinícius, ex-namorado de Vitória, Maicol Sales dos Santos e Daniel Lucas Pereira.