Caso Flordelis: Confissão da deputada muda os rumos da investigação

A deputada federal teria confessado ter jogado o celular do esposo da ponte Rio-Niterói

Cantora gospel e deputada federal Flordelis

Cantora gospel e deputada federal Flordelis

Rio de Janeiro — A investigação que apura quem são os mentores intelectuais do assassinato do pastor evangélico Anderson do Carmo, morto no dia 16 de junho com cerca de 30 disparos de arma de fogo, tomou outro rumo, depois que um dos filhos adotivos da deputada federal Flordelis (PSD-RJ) trouxe novas informações ao caso.

O vereador Wagner Andrade Pimenta, conhecido como “Misael da Flordelis”, contou à polícia que a própria deputada teria lhe confessado que quebrou o telefone do esposo, Anderson do Carmo, e jogou os pedaços da ponte Rio-Niterói.

Misael contou que Flordelis teria lhe confessado isso durante uma reunião no quarto dela, três dias antes dela prestar o depoimento à polícia.

O que diz Flordelis

Sobre o depoimento do filho da deputada, ela se manifestou através de uma nota publicada em suas redes sociais:

“Nós quebramos o celular do Niel e jogamos na ponte Rio-Niterói“, teria dito Flordelis, justificando para o filho o desaparecimento do aparelho celular.

Desde o início das investigações, o celular de Anderson do Carmo vinha sendo procurado pela polícia. A delegada do caso chegou a dizer durante entrevista à imprensa, que o celular da vítima poderia ser a peça chave para elucidar o crime.

Se confirmada a denúncia de que Flordelis teria confessado ter quebrado e jogado fora o celular do marido, ela terá poderá responder por obstrução da justiça.

“Tudo o que Misael diz é mentira. Eu não estou disposta a comentar indefinidamente o depoimento dele, que a imprensa publica em conta-gotas.

A minha vida precisa voltar ao normal.
Então, deixo claro, em definitivo: tudo que o Wagner, codinome Misael, diz sobre mim no episódio da morte do meu marido é mentira, é um insulto à inteligência.

O meu marido e eu criamos esse rapaz e a ele demos tudo o que ele tem hoje. Principalmente o mandato que ele tem usado para acumpliciar irmãos adotivos. É duro pra mim ter que lidar com todas as consequências naturais da morte do meu marido e ainda ter que me defender das injúrias de alguém a quem só dei amor, carinho, oportunidades de um futuro digno.

Se o desejo contrariado dele de ocupar os espaços na política antes do tempo certo está fazendo com que ele me esfaqueie pelas costas, isso agora esta resolvido.

Ele que siga o caminho dele e seja feliz. Não será fácil pra ele sem mim e sem o Pastor Anderson, meu marido, porque ele nunca provou ser capaz de fazer qualquer coisa útil sem nós.
Não me pronunciarei mais sobre o que diz, o que pensa ou o faz o Misael. Eu ainda o amo e todas as mentiras que ele levanta contra mim me causam dor, que fica maior quando preciso refutar.

Desejo muito que Deus o abençoe!”