O empresário Paulo Cupertino Matias, de 49 anos, acusado de matar a tiros o ator Rafael Miguel e os pais dele no ano passado em São Paulo, tirou um RG original, com nome falso, durante a fuga. O documento é a última pista oficial que a polícia tem da fuga dele.
Depois que cometeu o crime, Paulo nunca mais foi visto. Ele foi pessoalmente a um posto do instituto de identificação no município de Jataizinho, no Paraná, tirou foto no local, cedeu as digitais e saiu com uma nova identidade, que deve ter ajudado na saída do país.
A polícia paranaense descobriu a fraude nessa segunda-feira (26) e alertou a polícia paulista, que investiga o crime. Cupertino usou o nome de Manoel Machado da Silva. Na foto, ele aparece com o cabelo curto, todo penteado pra trás, diferente do cabelo comprido de quando fugiu. Cupertino também deixou a barba crescer.
Além do nome falsificado, o empresário alterou a filiação, dando nomes diferentes para a mãe e o pai. Ele também modificou o local de nascimento, colocando uma cidade do Mato Grosso do Sul. O número do CPF informado também não é o dele.
O caso
O ator Rafael Henrique Miguel, de 22 anos, e os pais do rapaz, João Alcisio Miguel, de 52 anos, e Miriam Selma Miguel, de 50 anos, morreram baleados no dia 9 de junho do ano passado na Estrada do Alvarenga, na região de Pedreira, zona sul de São Paulo.
Rafael, acompanhado dos pais dele, foi até a casa de sua namorada, Isabela Tibcherani, conversar com o pai dela, Paulo Cupertino, sobre o namoro. A família foi recebida pela jovem e pela mãe dela. Quando Cupertino chegou ao local, armado, atirou nas três vítimas que estavam no portão da casa.
Cupertino disparou 13 vezes contra a família do namorado da filha. Sete acertaram Rafael. O pai do rapaz foi atingido 4 vezes e a mãe foi baleada no peito e no ombro. Os três morreram no local.