O delegado Sidney Tenório, titular e presidente do inquérito que investiga a morte de Wanderson Alves dos Santos, de 18 anos, filmado sendo agredido por alguns guardas municipais do município de Branquinha, depois de ter tentado entrar em algumas residências e perturbar o sossego público, apresentou a imprensa o desfecho desse caso.
Wanderson foi morto dias depois desse episódio, e depois que a imprensa alagoana divulgou um vídeo das agressões, os guardas municipais Jaelson Ferreira da Silva e Carlos Roberto da Silva, acabaram detidos pela polícia como principais suspeitos no homicídio.
No entanto, as investigações chegaram a dois adolescentes, que acabaram contando detalhes sobre a morte de Wanderson.
“Os adolescentes confirmaram que viram o crime e até guardaram a arma utilizada. A região aqui está infestada pelo tráfico. Essa era uma segunda linha de investigação nossa.
A dupla revelou que Wanderson era ligado ao tráfico de drogas na região. Eles contaram que o rapaz teria ido efetuar uma cobrança no dia em que acabou se envolvendo na confusão, e que por essa razão, a cúpula da facção a que ele pertencia, decidiu elimina-lo.
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A partir disso, os guardas não irão responder pelo crime de homicídio.
“O que ocorrerá agora é que o inquérito será desmembrado. Eles irão responder por agressão, porte ilegal de arma e fraude processual, já que indicaram uma falsa testemunha. Quanto a soltura deles, agora, isso é uma decisão da Justiça”, explicou Sidney.
O delegado disse ainda, que já encaminhou cópia do depoimento dos adolescentes para a defesa dos acusados.