O governo federal não deve realizar reajuste nos benefícios do Bolsa Família no próximo ano. A decisão foi confirmada por autoridades do Palácio do Planalto e por integrantes dos ministérios envolvidos na discussão do Orçamento de 2025. O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, também confirmou que não está previsto nenhum aumento nos valores do programa para 2025.
O orçamento do próximo ano, que ainda está sendo finalizado, prevê uma verba de R$ 174,7 bilhões para o Bolsa Família, um pequeno aumento em relação aos R$ 168,6 bilhões destinados ao programa em 2024. Contudo, esse acréscimo será direcionado para ampliar o número de famílias beneficiadas, e não para reajustar os valores já existentes.
Wellington Dias argumenta que a inflação sob controle permite que o valor atual, de R$ 681,09 por família, mantenha o poder de compra dos beneficiários. Segundo o ministro, “não há necessidade de um reajuste no momento, já que as famílias ainda conseguem adquirir os produtos essenciais com o valor pago atualmente.”
O Bolsa Família, um dos programas sociais mais importantes da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi relançado em março do ano passado com um modelo de cálculo que considera o tamanho da família, garantindo que cada membro receba, em média, R$ 230. Desde então, não houve reajuste nos valores.
A legislação vigente permite a correção dos valores do Bolsa Família em até dois anos, mas o governo não considera essa atualização obrigatória. Caso a inflação comece a impactar negativamente o poder de compra dos mais pobres, o governo poderá reavaliar a necessidade de um reajuste futuro.
Enquanto isso, a prioridade do governo é assegurar que as famílias mais vulneráveis continuem a receber um auxílio que lhes permita viver com dignidade e sair da condição de pobreza extrema. A proposta final do Orçamento de 2025 deve ser apresentada na próxima semana, com todos os detalhes sobre os recursos destinados ao programa e outras áreas.