O caso de agressão, cárcere privado e discriminação racial que aconteceu na residência estudantil da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) pautou veículos de comunicação em todo o país, o que levou as pessoas a se questionarem sobre quem é o homem que está por trás dessas agressões.
Trata-se de Marcos Henrique Alves, estudante do curso de Ciências Sociais na universidade. Segundo informações da própria instituição, Henrique já tem um longo histórico de denúncias, sempre por agredir de forma física ou psicológica pessoas negras ou homossexuais.
De acordo com as acusações que tornaram sua conduta conhecida dentro da residência universitária, o estudante é acusado de ter mantido dois estudantes negros presos na cozinha da casa contra suas vontades. Ele também teria os ameaçado e empurrado uma mulher que tentou ajudar as vítimas.
“Já ocorreram ameaças físicas e ameaças veladas também, ele [o acusado] começava a filmar as pessoas”, relata Pedro Gomes, advogado das vítimas e membro do núcleo de advocacia racial do Instituto do Negro de Alagoas.
Conforme informações dos denunciantes, já foram abertos três processos administrativos na UFAL sobre as intimidações do estudante.
Ainda de acordo com o advogado, um grupo com mais de 20 estudantes assinaram uma nota enviada à reitoria da UFAL, pedindo que Marcos Henrique fosse expulso. O documento foi assinado em outubro de 2021, mas a direção da Universidade não atendeu ao pedido dos alunos.
Além de todas as acusações que pesam contra o estudante, ele também teria fraudado o sistema de cotas para ingressar na UFAL. Segundo um documento apresentado em janeiro deste ano, o acusado teria se autodeclarado indígena, apesar de ser branco.
Desde que as denúncias vieram à tona, Marcos Henrique Alves não se manifestou sobre as acusações e não responde à imprensa.