Entre os anos de 2020 e 2021, a população carcerária do Brasil apresentou uma redução de 67,5% para 56,1%. Mas, mesmo com o registro de queda no indicador, a superlotação nos presídios de Alagoas é de 106,2%, ainda durante a pandemia do novo coronavírus.
O dado consta no levantamento realizado pelo G1, dentro do projeto Monitor da Violência, que foi divulgado nesta segunda-feira (17/05), com base nas informações oficiais dos 26 estados e do Distrito Federal. Amazonas é o estado com o maior número de presos acima da capacidade no país: 196,2%.
Ainda segundo o levantamento, a quantidade de vagas existentes nas penitenciárias alagoanas é de 3.731, ou seja, o déficit, em relação a quantidade de presos que ocupam as vagas no sistema, é de 3.964 vagas. Em 2020, o saldo negativo era de 3.602 vagas.
Os números mostram também que a quantidade de presos provisórios no estado caiu de 3.063 (41,8% do total) em 2020 para 2.753 em 2021, o que representa 35,8% da população carcerária. A Bahia é o estado com a maior parcela de provisórios: 49,4%.
Os dados foram levantados via assessorias das secretarias de Administração Penitenciária e por meio da Lei de Acesso à Informação. Para calcular a superlotação, não são levados em conta os presos em regime aberto, pois não demandam vagas; o dado, no entanto, é utilizado no total para calcular os percentuais de presos que trabalham e estudam.