Alagoas — O secretário de Estado da Infraestrutura de Alagoas, Maurício Quintella, falou com o Portal BR104 a respeito da privatização da Casal, uma proposta aparentemente extinta das pautas de avanço para o Estado do governo de Renan Filho.
Questionado pelo repórter Ricardo Gomes, a respeito das possíveis melhorias nos serviços prestados pela Casal com as novas normas de Parcerias Público-Privadas (PPPs) e Concessões, apresentadas no evento Fórum Exame, que aconteceu na manhã desta quinta-feira (7), no Hotel Ritz Lagoa da Anta, Quintella disse que – “Não há interesse algum do Governo de Alagoas em privatizar a Casal. O que nós estamos buscando é prestar o melhor serviço possível à população, que hoje não tem uma cobertura razoável nem de água e muito menos de saneamento. O setor público não tem capacidade de investimento, a companhia do estado (Casal) não tem capacidade para fazer investimento, os SAAEs, que são os sistemas de saneamento dos municípios da mesma forma. O desafio é muito grande, nós precisamos só aqui na Região Metropolitana, de R$ 2.8 bilhões, para poder universalizar a água e esgoto. Isso se ficasse a cargo de vencimento público levaria 100 anos”, explica o secretário.
Além disso, Maurício Quintella explicou que a Concessão da Casal ,não se trata de uma privatização e que esse é o primeiro avanço: “A Casal é parceira deste projeto, ela vai continuar na adução, produção e tratamento da água, vai vender essa água no atacado para o privado, que vai fazer a distribuição e a comercialização.”
O secretário disse ainda que todo o projeto foi pensado com o objetivo de manter uma Casal estruturada, para que possa continuar investindo em outras regiões do estado que não estejam em outras PPPs atualmente.
No entanto, a respeito do questionamento sobre as manifestações que tiveram pela manhã desta quinta-feira, somadas às notícias a respeito da privatização da empresa, e se ele acha que está se fazendo política sobre o assunto, Quintella diz que – “Existem questões ideológicas, corporativismo, tudo isso faz parte. As pessoas tem direito de debater, mas ele não tem nenhuma razoabilidade. Primeiro é o seguinte; a uma confusão muito grande sobre privatização e concessão, privatização é quando um estado vende uma empresa ou um ativo, como foi o caso da nossa empresa de energia que foi privatizada, ela passou para o domínio do setor privado, no caso aqui da Equatorial. No caso do saneamento será diferente, é uma concessão, o privado vai vir, vai fazer os investimentos que o poder público não tem capacidade nem condições de fazer. Vai explorar esses serviços por algum tempo no caso aqui por 35 anos, e depois todo esse ativo ele volta para o patrimônio dos municípios e da Casal, então ao contrário, a Casal ela vai se fortalecer”, finaliza o secretário.