Marcelo Victor em defesa do Partido Comunista: “Se na Europa matou, aqui só fez morrer”

O presidente da Assembleia Legislativa saiu em defesa de um requerimento que pede homenagem ao PCdoB.

Deputado Marcelo Victor - BR104

Deputado Marcelo Victor - BR104

O presidente da Assembleia Legislativa de Alagoas, deputado Marcelo Victor (Solidariedade), saiu em defesa de um requerimento do deputado Ronaldo Medeiros (MDB) que propõe uma homenagem ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB) pelos 99 anos de sua fundação no Brasil.

A moção do parlamentar levantou um amplo debate entre os parlamentares. Para ele, “o Partido Comunista do Brasil forneceu ao país grandes políticos, a exemplo do senador Renan Calheiros, ainda na luta contra a ditadura na faculdade, e o ex-deputado Eduardo Bonfim. Se o partido comunista lá na Europa matou, aqui só fez morrer e ser perseguido”.

A deputada Cibele Moura (PSDB) que já havia adiantado nas redes sociais que votaria contra, disse que: “O que me espanta é ver como alguém não enxerga quanto o comunismo matou e perseguiu pessoas e quanto este regime impediu a liberdade de muita gente em toda a história da humanidade. O comunismo matou aproximadamente 100 milhões de pessoas. Na União soviética, entre 1917 e 1991, foram 30 milhões de pessoas. Na Nicarágua, em Cuba e no Peru aproximadamente 150 mil pessoas morreram. É um regime que trás a pobreza extrema e não respeita as liberdades individuais”.

O deputado Davi Maia (DEM) também se posicionou contra a proposição e disse que, mesmo sendo uma simples moção, iria votar contra, devido ao comunismo ter participado de ataques contra a liberdade das pessoas. “Milhões de mortes nos países onde o comunismo se instalou, onde pessoas não podiam dar suas opiniões, onde eram presas e colocadas em paredões de fuzilamentos ou em campos de concentrações. Mesmo assim existe no país pessoas que insistem em defender genocídios como estes que ocorreram”.

Já o deputado Antônio Albuquerque adiantou que: “Durante o processo de votação [nesta quarta-feira (14/03)] vou pedir o adiamento deste requerimento na esperança que o autor da matéria possa pedir a sua retirada de pauta para que a gente não tenha que deliberar sobre um assunto totalmente indesejável a esta Casa”.