Greve dos peritos e médicos legistas já afeta população em Alagoas

No IML e Instituto de Criminalística serviços estão parcialmente paralisados. Servidores reivindicam a realização de concurso público

No IML e Instituto de Criminalística serviços estão parcialmente paralisados — © Sindicato dos Peritos Oficiais de Alagoas

No IML e Instituto de Criminalística serviços estão parcialmente paralisados — © Sindicato dos Peritos Oficiais de Alagoas

Alagoas — A greve dos servidores da Perícia Oficial de Alagoas, iniciada na última segunda-feira (9), já está causando uma série de transtornos. Devido à greve, corpos de pessoas assassinadas ou vítimas de acidentes de trânsito podem chegar a ficar até 5 horas nas ruas. Se registrados no interior do Estado, a espera pode ser ainda maior.

Anunciada desde a semana passada, a paralisação também tem afetado a rotina nos dois IML’s – de Maceió e de Arapiraca, que estão com os serviços reduzidos em 50%. Exames de corpo de delito em presos, exames domiciliares e exumações, por exemplo, estão 100% suspensos.

Apenas exames como corpo delito na população em geral, exames em vítima de crimes sexuais, entre outros estão sendo mantidos. A categoria informou que os corpos passarão por exame de autópsia, mas não serão liberados para sepultamentos. No dia em que a greve foi deflagrada, nove corpos aguardavam liberação.

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Segundo a categoria, os profissionais estão há meses tentando negociar com o Governo do Estado para que sejam abertas novas vagas e realizado concurso público para suprir a demanda de trabalho. Além disso, eles também cobram a modernização da carreira e criação do Núcleo de Perícia de Arapiraca.

A categoria ressalta que as atividades só serão normalizadas após o envio de um Projeto de Lei para a Assembleia Legislativa que, entre outras providências, promove a criação de vagas para os quadros da Perícia Oficial.