Em 2021, Alagoas teve quatro mortes violentas em unidades prisionais do estado

Os números não incluem óbitos por causas naturais, que superaram os de homicídio, com dez casos.

Imagem mostra superlotação em unidade prisional de Alagoas | © Assessoria

Imagem mostra superlotação em unidade prisional de Alagoas | © Assessoria

Com apenas quatro casos em 2021, Alagoas registrou uma queda de 60% nos últimos quatro anos no número de mortes violentas ocorridas em unidades prisionais do estado, patamar que não era visto desde 2017, quando ocorreram os assassinatos de dez reeducandos.

Os números não incluem óbitos por causas naturais — que superou os de homicídio, com dez casos — e são os mesmos que foram registrados no ano anterior, que também terminou com 4 mortes violentas. Em todas as situações, as vítimas eram do sexo masculino.

Os dados que constam no levantamento das mortes ocorridas no sistema prisional foram fornecidos pela Chefia de Pesquisa e Estatística (CPEST), que pertence à Secretaria de Estado de Ressocialização e Inclusão Social (SERIS), por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI).

Conforme o levantamento, entre 2017 e 2021, o maior número de mortes dentro da faixa etária foi registrado entre pessoas de 18 a 24 anos, com 16 registros, seguida pelas que tinham entre 25 a 29 anos (15), 35 a 40 anos (14), mais de 60 anos (12), 51 a 60 anos (8), 30 a 34 anos (6) e 40 a 50 anos (6).

No ano passado, o caso mais recente ocorreu no dia 17 de setembro. A vítima, identificada como Wesley de Melo Bispo da Silva, foi encontrada com uma corda no pescoço e cumpria pena por homicídio. Em nota, a Seris não informa se o caso foi homicídio ou suicídio.

Em 2022, até o momento, uma morte foi registrada no sistema carcerário. José Williams Nascimento Almeida de Medeiros, de 28 anos, foi encontrado morto em uma cela do Presídio do Agreste, em Girau do Ponciano, no dia 3 de fevereiro. A causa da morte não foi informada.