Aneel aprova aumento nas tarifas de energia em Alagoas, colocando o estado entre os mais altos do país

Com o novo aumento, Alagoas pode se tornar o quarto estado brasileiro com a tarifa mais cara.

Boleto de energia da Equatorial | © Reprodução

Boleto de energia da Equatorial | © Reprodução

Enquanto o governo Lula (PT) busca maneiras de ajudar a Argentina a sair da crise econômica estabelecida durante o governo de Alberto Fernández, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) acaba de aprovar um aumento nas tarifas de energia em Alagoas, colocando o estado em destaque como um dos que possuem as maiores tarifas do Brasil.

A partir deste domingo (28/5), a conta de energia dos consumidores residenciais em Alagoas terá um reajuste médio de 17,59%, sendo que o aumento para os consumidores residenciais será de 14,57%. Atualmente, a tarifa comum residencial em Alagoas é de R$ 0,75409 por kWh, a sétima mais alta do país. Com o reajuste, a nova tarifa passará a ser de R$ 0,85983.

A Aneel concedeu o reajuste a pedido da Equatorial Alagoas, concessionária responsável pelo fornecimento de energia no estado. No entanto, a agência não informou o valor exato da nova tarifa, sendo necessário realizar os cálculos. Para uma conta residencial com um consumo de 189 kWh em Maceió, por exemplo, o impacto do reajuste seria de aproximadamente R$ 27, resultando em um valor total de cerca de R$ 242.

A Equatorial Alagoas atende a aproximadamente 1,3 milhão de unidades consumidoras e possui um faturamento de R$ 2,43 bilhões. Em 2022, o reajuste médio foi de 19,8%.

Durante a apresentação do pedido de reajuste, o representante do conselho de consumidores da concessionária ressaltou que a tarifa em Alagoas já era uma das mais altas do país e que poderia se tornar a quarta mais cara com o novo aumento.

Além disso, foi destacado que o estado possui um PIB per capita abaixo da média nacional e que 41% dos consumidores residenciais são de baixa renda. Essa decisão da Aneel, que coloca uma carga financeira maior sobre os consumidores alagoanos, levanta questionamentos sobre a lógica de priorizar os lucros das distribuidoras de energia em detrimento dos consumidores de baixa renda.