O concurso público da Polícia Militar de Alagoas (PMAL) foi mais uma vez questionado pelo deputado estadual Davi Maia (DEM). O parlamentar defende a suspensão do certame devido à fraude que continua sendo investigada pela Polícia Civil (PC).
Para o deputado, o processo seletivo está eivado de irregularidades e, diante das incertezas, o mais prudente seria o governo de Alagoas anunciar uma nova data para a realização das provas. O pronunciamento de Maia aconteceu na manhã desta terça-feira (26/10), durante sessão plenária na Assembléia Legislativa (ALE).
Na ocasião, ele relembrou da Operação Gabarito, que aconteceu na Paraíba e desarticulou uma organização criminosa especializada em fraudes de concursos estaduais e federais. Flávio Luciano Nascimento Borges, de 38 anos, apontado como chefe da fraude no concurso da PM/AL, foi preso durante a operação Loki, na quinta-feira (21/10), e aparece entre os alvos de investigações da PC daquele estado.
Durante coletiva de imprensa realizada na última quinta-feira (21/10), pela PC/AL, após a operação – que resultou na prisão de 12 suspeitos e na apreensão de R$ 129 mil em espécie, pontos eletrônicos, celulares e 11 relógios digitais – os agentes civis informaram que existe a possibilidade de outros concursos terem sido fraudados no estado.
– Este não seria o único caso recente em que um concurso é anulado. O Tribunal de Justiça de Alagoas cancelou as provas do concurso para o cargo de analista e, há pouco, foi anulado o processo para escolha de juiz em Goiás. Muitas pessoas serão prejudicadas, mas, infelizmente, pela incerteza e displicência do governo do Estado, não poderemos evitar este mal – disse o deputado durante sessão.
