Alagoas

Sem acordo, Correios em Alagoas deflagram greve por tempo indeterminado

Segundo os sindicatos, não há prazo para o fim da paralisação na estatal, que começou às 22h. Cerca de 100 mil funcionários em todo o país aderiram à mobilização

Publicado: | Atualizado em 19/08/2020 08:44


Sem acordo, Correios em Alagoas deflagram greve por tempo indeterminado — © Divulgação
Sem acordo, Correios em Alagoas deflagram greve por tempo indeterminado — © Divulgação

Os sindicatos dos trabalhadores dos Correios decidiram, nesta segunda-feira (17), decretar greve por tempo indeterminado. Segundo os sindicatos, não há prazo para o fim da paralisação na estatal, que começou às 22h. Cerca de 100 mil funcionários em todo o país aderiram à mobilização.

De acordo com a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares (FENTECT), os grevistas são contra a “ausência de negociação por parte da direção da ECT”, pela retirada de direitos e pela “negligência da empresa” com os funcionários durante a pandemia de covid-19.

Em Alagoas, o Sindicato dos Trabalhadores na Empresa de Correios e Telégrafos em Alagoas (Sintect/AL) informou que os os funcionários em greve pretendem se reunir, primordialmente, nesta terça-feira (18/08), no atual Centro de Logística de Maceió, que fica no Distrito Industrial, e em frente à agência central de Arapiraca.

A FENTECT afirma que desde julho os sindicatos tentam dialogar com a direção dos Correios sobre os pedidos, o que segundo eles, ainda não aconteceu. Alegam que, em agosto, foram surpreendidos com a revogação do atual Acordo Coletivo que estaria em vigência até 2021.

Conforme a entidade, “foram retiradas 70 cláusulas com direitos como 30% do adicional de risco, vale alimentação, licença maternidade de 180 dias, auxílio creche, indenização de morte, auxílio creche, indenização de morte, auxílio para filhos com necessidades especiais, pagamento de adicional noturno e horas extras”.

— O governo Bolsonaro busca a qualquer custo vender um dos grandes patrimônios dos brasileiros, os Correios. Somos responsáveis por um dos serviços essenciais do país, que conta com lucro comprovado, e com áreas como atendimento ao e-commerce que cresce vertiginosamente e funciona como importante meio para alavancar a economia. Privatizar é impedir que milhares de pessoas possam ter acesso a esse serviço nos rincões desse país, de norte a sul, com custo muito inferior aos aplicados por outras empresas”, declarou o secretário geral da federação, José Rivaldo da Silva.

Os Correios divulgaram nota sobre a decisão da categoria.

Os Correios não pretendem suprimir direitos dos empregados. A empresa propõe ajustes dos benefícios concedidos ao que está previsto na CLT e em outras legislações, resguardando os vencimentos dos empregados.

Sobre as deliberações das representações sindicais, os Correios ressaltam que a possuem um Plano de Continuidade de Negócios, para seguir atendendo à população em qualquer situação adversa.

No momento em que pessoas e empresas mais contam com seus serviços, a estatal tem conseguido responder à demanda, conciliando a segurança dos seus empregados com a manutenção das suas atividades comerciais, movimentando a economia nacional.

Desde o início das negociações com as entidades sindicais, os Correios tiveram um objetivo primordial: cuidar da sustentabilidade financeira da empresa, a fim de retomar seu poder de investimento e sua estabilidade, para se proteger da crise financeira ocasionada pela pandemia.

A diminuição de despesas prevista com as medidas de contenção em pauta é da ordem de R$ 600 milhões anuais. As reivindicações da Fentect, por sua vez, custariam aos cofres dos Correios quase R$ 1 bilhão no mesmo período – dez vezes o lucro obtido em 2019. Trata-se de uma proposta impossível de ser atendida.

Respaldados por orientação da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST), bem como por diretrizes do Ministério da Economia, os Correios se veem obrigados a zelar pelo reequilíbrio do caixa financeiro da empresa. Em parte, isso significa repensar a concessão de benefícios que extrapolem a prática de mercado e a legislação vigente. Assim, a estatal persegue dois grandes objetivos: a sustentabilidade da empresa e a manutenção dos empregos de todos.

*com FENTECT

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