Brasil

Mãe acorrentava criança, batia e queimava as mãos com vela

Material foi encontrado na residência da mãe e do padastro do menino, encontrado amarrado e desnutrido em Boqueirão

Publicado: | Atualizado em 29/07/2019 21:12


Menino encontrado com desnutrição em Boqueirão, na Paraíba — © Reprodução
Menino encontrado com desnutrição em Boqueirão, na Paraíba — © Reprodução

Paraíba — Velas, fios, cigarros e até pedaços de madeira. Esses eram os materiais utilizados por Maria Aparecida Sousa Silva e Edilson Cosme Albuquerque, mãe e padrasto, nas sessões de tortura a que era submetido o menino de 7 anos encontrado em estado de desnutrição e com ferimentos, na cidade de Boqueirão, na Paraíba.

Segundo o delegado Iasley Almeida, responsável pelo caso, o Conselho Tutelar informou ter recebido denúncias de que havia uma criança com sinais de maus-tratos, praticados pela própria mãe, como queimaduras com vela e acorrentada pelos pés. Os maus tratos foram descobertos por professores da escola em que ele estuda.

A criança deu entrada no Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande, onde continua internada. Ele foi diagnosticado anemia, desnutrição proteico-calórica, sinais de hematomas e queimaduras diversas pelo corpo. De acordo com o boletim médico mais recente, o garoto apresentou febre nesta quinta-feira (18), quando seria feita a cirurgia plástica para reconstruir parte do couro cabeludo da vítima. Não há previsão de alta.

“A criança está estável. Após a melhora da cicatrização, vamos fazer a reconstrução no couro cabeludo, uma cirurgia plástica. A gente estava preocupado com o abdômen, mas apresentou uma melhora”, explicou. O fato de ter passado por desnutrição profunda não deve afetar o desenvolvimento da criança, ainda de acordo com o médico.

+ Conselheiro tutelar fala sobre Dia Mundial das Crianças Vítimas de Agressão

Mãe e padrasto foram presos na manhã desta quinta-feira (18) por força de um mandado de prisão.

Material utilizado para maltratar criança — © Ascom/PC

Material utilizado para maltratar criança — © Ascom/PC

Suspeitos ouvidos

A mãe e o padrasto da criança foram ouvidos pelo delegado Iasley Almeida, responsável pelo caso, e após depoimento, foram liberados. De acordo com o delegado, não havia situação de flagrante e por isso os suspeitos foram liberados. A polícia segue colhendo provas materiais e testemunhais sobre o caso.

Iasley Almeida explicou que os indícios apontam que a mãe do menino estava tentando matá-lo mediante tortura. “A criança que veio morar com a mãe nos últimos dois meses estava sendo acorrentada pelos pés, sofrendo queimaduras, agredida com fios. Mostrando que estava sendo torturada psicologicamente. Não sendo alimentada. Tudo isso nos mostra que a mãe tinha a intenção de matar a criança mediante tortura”, contou Iasley Almeida.

Em depoimento, a mãe é o padrasto da criança negaram a prática do crime, mas as provas coletadas pela Polícia levaram a Justiça a decretar a prisão preventiva contra eles. Os dois estão presos e serão apresentados em audiência de custódia, ainda sem data definida para ser realizada.

*com informações do G1

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