Política

PCC rastreou residências e elaborou estratégia para atacar Pacheco e Lira, afirma PF

O objetivo da facção era executar uma missão na capital federal, mas os relatórios não especificam a natureza dessa missão.

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Arthur Lira e Rodrigo Pacheco | © Marcos Corrêa/PR
Arthur Lira e Rodrigo Pacheco | © Marcos Corrêa/PR

Integrantes da facção criminosa PCC realizaram levantamentos detalhados sobre os endereços dos presidentes da Câmara e do Senado em Brasília, conforme revelado por relatórios de inteligência do Ministério Público de São Paulo e da Polícia Federal. O objetivo da facção era executar uma missão na capital federal, mas os relatórios não especificam a natureza dessa missão.

Durante a investigação que culminou na operação Sequaz, que desmantelou o plano de sequestro do senador Sergio Moro, a PF descobriu as pesquisas de endereços e imagens aéreas das residências oficiais dos líderes do Congresso. As fotos, capturadas da internet, foram datadas de 29 de novembro de 2022, e faziam parte de material jornalístico sobre as eleições para o comando do Congresso.

A célula Restrita, uma espécie de grupo de elite do PCC, foi enviada a Brasília para realizar a missão. Imagens e comentários sobre as residências foram encontrados em celulares apreendidos, indicando a determinação da cúpula da facção. Em maio de 2023, após a operação contra Moro, o líder da célula, Janeferson Gomes, acionou membros do PCC para a ação em Brasília.

A investigação também revelou que a célula gastou aproximadamente R$ 44 mil em dois meses, incluindo despesas com aluguel de imóvel, transporte, alimentação e compra de equipamentos. O dinheiro para a missão foi fornecido pela FM Baixada, célula responsável pelos pontos de venda de drogas no litoral paulista e Vale do Paraíba.

O relatório do MP-SP vincula Nefo, líder da célula Restrita, ao acesso a informações sobre o funcionamento do grupo. Essa célula, criada para atuar em situações de alto sigilo e risco, recebe ordens dos líderes da facção em penitenciárias federais, realizando ações graves com grande repercussão nacional.

A proibição de visitas íntimas nos presídios federais, onde líderes do PCC estão detidos, motiva a facção a planejar atentados, como destacado no relatório. A recente mudança no protocolo de transferência de presos após a descoberta de um possível plano para libertar o líder Marcola evidencia a preocupação com a segurança nos presídios federais.

O MP-SP destaca que o PCC estabeleceu uma aliança com a guerrilha paraguaia em 2014, resultando na formação de um grupo de elite treinado para missões específicas. O relatório ressalta que o planejamento de atentados tem sido uma estratégia recorrente da facção diante das restrições impostas pelo sistema prisional.


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