A Federação Alagoana de Futebol (FAF) anunciou na manhã desta quarta-feira (9/8) que vai acatar a determinação do Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL) de banir temporariamente a torcida organizada Mancha Azul, do CSA, dos estádios de futebol em Alagoas.
O pedido de banimento por seis meses foi emitido pelo MPAL após uma série de ataques violentos associados a membros dessa torcida e entrou em vigor nesta quarta-feira (9/8).
O MPAL também requisitou a suspensão da participação da Mancha Azul nos estádios de todo o país, assim como nos arredores das casas de futebol, estabelecendo um limite de cinco mil metros dos estádios. Além disso, a medida inclui a proibição do uso de qualquer objeto identificativo da torcida, como camisas, uniformes, bandeiras, faixas e instrumentos musicais.
Os principais líderes da Mancha Azul, Douglas César da Silva Santos, conhecido como “Bebezão”, e Thiago Lyra Alves dos Santos, apelidado de “Bocão”, foram presos devido à sua suposta participação em um violento ataque contra um torcedor do rival CRB. O presidente da Mancha Azul está licenciado, e a decisão da FAF de acatar o pedido do MPAL foi recebida pelo presidente em exercício da federação.
Luciano Sampaio, diretor de competições da FAF, afirmou em entrevista ao programa “Balanço Geral Alagoas” que a responsabilidade de comunicar a decisão à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) cabe à FAF. Ele explicou que a medida será implementada com a cooperação das autoridades locais, incluindo a polícia civil e militar, bem como os clubes mandantes, para garantir o cumprimento durante os jogos.
A série de ataques violentos por parte de torcidas organizadas em Alagoas tem gerado preocupação nas autoridades de segurança. O delegado-geral da Polícia Civil, Gustavo Xavier, destacou o desejo de banir essas entidades e colocar um fim à violência associada a elas. Recentemente, um torcedor do CRB foi espancado e está internado, enquanto um torcedor do CSA perdeu a vida em consequência de ataques.
